Todo o processo que envolve a colheita da mandioca, a ralação, a prensagem e a torração para produção de farinha agora foi oficializado como um patrimônio histórico e cultural de Bombinhas. A Farinhada é feita desde a época dos índios que viviam na região, passando pela adaptação nos engenhos pelos colonizadores açorianos. Além de ser fonte de alimento, a prática sobrevive até hoje e possibilita a troca de vivências e experiências. E como justificativa do projeto de lei que tornou a tradição oficial, aprovado por unanimidade na Câmara de Vereadores , foi considerado que o conhecimento que é repassado entre as gerações é fundamental para estabelecer relações entre as pessoas.
Processo é longo
Foto: http://engenhosdefarinha.files.wordpress.com
A Farinhada começa quando os bois são colocados no carro para ir à roça de mandioca. Depois ela é trazida para o engenho e começa a raspagem. É durante esses momentos que acontecem as cantorias, as brincadeiras e as contações de “causos”. Com a massa da mandioca pronta, a matéria-prima vai para a prensa até que saia bem a água. Depois a massa é desfeita é peneirada. Da água que saiu da mandioca se tira o polvilho e da massa se faz o beiju e o cuscuz. Depois a farinha é torrada.